Memento mori e por que você precisa parar de odiar a segunda-feira

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O título também me geraria incômodo há alguns anos. Eu consigo me imaginar pensando “mais uma pessoa vendendo a ideia de amar a segunda-feira”. Peço desculpas, eu do passado, mas você está muito errada. Apesar de que ficaria muito feliz se você continuasse a ler este texto, não estou aqui para vender nenhuma ideia. Quero apenas compartilhar uma reflexão que veio de uma experiência pessoal.

 

O que significa “memento mori”?

 

Memento mori é uma expressão latina que, em português, significaria algo mais ou menos assim: “Lembre-se de que você é mortal”. Parece um assunto meio sombrio para tratar em plena quarta-feira ou talvez uma frase que pareça uma sugestão para uma tatuagem. Porém, o fato é que esse lembrete, doído de se ler, é uma verdade incontestável que, apesar de assim o ser, tende a ser frequentemente esquecida.

Quantas vezes vivemos nossos dias como se fossem eternos? Quantas vezes interpretamos nossas fases, as boas e principalmente as ruins, como se elas fossem durar para sempre? Pois não vão. Nada vai. 

E é por ser tão urgente que esse lembrete de “parar de odiar a segunda-feira” é tão importante. Como assim compramos a ideia de uma vida em que podemos ser felizes apenas aos finais de semana? Onde e quando assinamos por isso?

 

Todos já odiamos as segundas-feiras alguma vez

 

Não pense que eu estou me deixando levar por alguma lente cor de rosa. Já vivi isso na pele. Isso porque eu achava domingo um dia ainda pior do que a segunda-feira. Eu me sentia ansiosa só de imaginar as zilhões de atividades sem significado que eu precisava fazer durante a semana. Aquilo me deixava mal-humorada e me fazia ter insônia de domingo para segunda, o que apenas piorava todo o resto da semana. Eu sabia que sofrer por precipitação não resolvia nada, mas não adianta muito saber racionalmente uma coisa enquanto não tratamos o que a gera, não é?!

Então, eu busquei descobrir a causa daquela angústia e parti numa jornada de autoconhecimento fantástica, mas muito desafiadora. Desafiadora porque encontrei muito conteúdo interessante, mas que no geral apenas replicava fórmulas que tratavam a roupagem do problema, sem solucioná-lo de fato. Quando eu menos esperava, lá estava de novo o monstro do desânimo regendo o meu domingo. 

 

Carreira não se constrói com fórmulas prontas

 

É por isso que não acredito em fórmulas prontas e faço questão de não as utilizar em meus atendimentos de consultoria de carreira. Cada pessoa é única e tentar aplicar métodos fechados é um desrespeito não apenas com o tempo dela, mas com o meu propósito que hoje é muito claro: ajudar as pessoas a realizarem sua missão e se sentirem genuinamente felizes com o que fazem no domingo, na segunda, na sexta, enfim, em todos os dias. 

Relutei muito antes de trazer este tema. Até que, refletindo sobre quais seriam os impactos desse texto, percebi que talvez seja justamente o fato de evitarmos pensar que somos todos seres mortais que nos afaste de uma vida que realmente nos entusiasme viver. Não seria esse também um tipo de morte?

 

Vamos colocar em prática?

 

Com este artigo, quero lhe fazer um convite: escreva num papel ou no seu bloco de notas as 3 atividades de que você gosta muito e até perde a noção da hora quando as realiza. Em seguida, anote 3 elogios que você costuma receber com frequência sobre a sua personalidade. Olhando para essas duas pequenas listas, reflita como a sua carreira e o seu trabalho podem promovê-las. Apesar de ser uma atividade simples, ela, ao promover um olhar autêntico para a sua realidade, pode lhe ajudar muito.

Se for preciso mudar de rumo, coragem! Planeje-se, organize-se e vá em frente. Tenho certeza de que o seu “eu do futuro” será muito grato a você.