Apesar de pouco falada, essa atitude pode estar paralisando a sua carreira.
Este termo me saltou aos olhos enquanto lia “A Grande Magia”, de Elizabeth Gilbert, livro que apresenta um interessante ponto de vista sobre o processo criativo. Dito de maneira quase casual, “autoconcorrência” parece um neologismo, mas, na verdade, é uma experiência tão antiga quanto a racionalidade. Se você ainda não sabe do que estou tratando, veja se reconhece alguma dessas fobias:
- O medo de não conseguir se superar.
- O medo de já ter vivido a sua melhor época.
- O medo de já ter feito o seu melhor trabalho.
- O medo de nunca mais ser tão bom quanto já foi.
- O medo de a sua oportunidade de ouro já ter passado.
Essa lista poderia ser infinita. E, apesar de parecer exclusiva a pessoas que conquistaram “grandes” coisas e que recebem muito crédito socialmente por elas, a “autoconcorrência” é muito frequente em nossos cotidianos. Se fazemos algo de “bom”, temos medo de nunca mais voltarmos a fazer algo tão bom assim. Se fazemos algo de “ruim”, temos medo de nunca mais sermos bons.
Nos compararmos com nós mesmos é positivo?
Achei interessante compartilhar sobre isso porque tendemos a achar que a comparação com quem já fomos, numa infinita expectativa de sermos melhores, é algo positivo. De fato, é. Desde que orientada para a ação. Quando é uma comparação imediatista, ela só faz com que nos tornemos nossos piores combatentes. Nos torturamos numa briga interna cruel que nos afasta de atingir a felicidade bem aqui, neste momento presente.
- Quantas vezes essa autoconcorrência paralisou você?
- Desmotivou a seguir um plano de ação?
Se não pensada de maneira estratégica, a comparação interna e externa nos paralisa. É por isso que ela frequentemente ocorre quando não estamos presentes nem conectados com nossa essência. Quando não estamos no aqui e agora.
Foque na solução e seja otimista
Dessa forma, é muito importante que a comparação seja feita de maneira objetiva, focada na solução e no otimismo. Ao se comparar com o seu eu futuro, que seja para entender aonde você quer chegar e, de maneira estratégica, observar o que precisa ser feito. Ao se comparar com o seu eu do passado, que seja para entender em que você acertou ou errou a fim de analisar o que pode ser replicado ou evitado. De preferência, faça isso como um exercício controlado, com papel e caneta (ou bloco de notas do celular).
Não perca muito tempo olhando para trás nem sonhando com o futuro. Aproveite o presente porque, por mais clichê que pareça, ele é o único momento real. Todos os outros existem apenas na sua mente. E sugiro que não fique apenas nela se quiser aproveitar a jornada.
Em resumo, nada melhor do que se manter em movimento. Quanto mais você trabalhar no seu propósito, mais conhecimento vai adquirindo para ter resultados melhores do passado. Tenha novos objetivos, se dedique a eles todos os dias e não se cobre para voltar a ser o que era, o que você tem agora é muito mais valioso!